Pesquisa desenvolve geleia funcional com ingredientes regionais e é premiada no XIV Conaic

Uma pesquisa desenvolvida no Campus Macapá do Instituto Federal do Amapá (Ifap) conquistou o 2º lugar na categoria Ciências Agrárias durante o XIV Congresso Amapaense de Iniciação Científica (Conaic). O trabalho, intitulado “Análise do grau de aceitabilidade de geleias funcionais e estudo de vida de prateleira dos produtos”, foi desenvolvido pela acadêmica Yvi Caroline Ladislau da Silva, do curso superior de Tecnologia em Alimentos, sob orientação da professora Gilvanete Ferreira e coorientação da professora Lauana Pantoja.

Em razão do potencial agrícola do Amapá, especialmente a produção de frutas cultivadas no município de Porto Grande como o abacaxi, a estudante percebeu a necessidade de desenvolver geleias funcionais e naturais, aproveitando de forma sustentável a pectina extraída da casca do maracujá, um resíduo orgânico que normalmente seria descartado.

“Fizemos três formulações: uma com abacaxi puro, outra com hortelã e uma terceira com manjericão. Durante quatro meses realizamos análises físico-químicas ( pH, acidez, sólidos solúveis e cor) para verificar a vida útil dos produtos em temperatura refrigerada e ambiente”, explicou a estudante. “Procuramos desenvolver produtos naturais, sem conservantes ou aditivos, que possam incentivar o comércio local e valorizar ingredientes regionais amplamente cultivados na nossa região”, completou Yvi Caroline.

O estudo demonstrou que a geleia de abacaxi puro obteve mais de 90% de aprovação nos testes sensoriais, sendo a preferida entre os avaliadores, e também apresentou maior estabilidade físico-química durante o armazenamento.

A professora Gilvanete Ferreira, orientadora do projeto, destacou a relevância social e econômica do estudo. “A pesquisa é muito importante, principalmente para a região de Porto Grande, onde o cultivo do abacaxi é considerado patrimônio cultural. Aplicar o conhecimento científico nesse contexto é uma forma de fortalecer a produção local e agregar valor ao trabalho dos agricultores”, afirmou. 

Por Jacyara Araújo, jornalista do Campus Macapá

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