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Educação inclusiva para autistas foi tema do I Incluir

Publicado: Quarta, 03 de Abril de 2019, 13h05 | Última atualização em Sexta, 05 de Abril de 2019, 14h52
Ação foi em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Combater o preconceito dentro e fora do ambiente escolar é ainda uma das principais lutas das famílias e dos profissionais que atuam junto às pessoas autistas. “O autismo não é doença, é uma das condições da neurodiversidade humana”, destacou a psicóloga Nelcirema Ferreira, uma das palestrantes do evento I Incluir – Educar para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), realizado pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do campus Macapá do Instituto Federal do Amapá (Ifap) na última terça-feira (2/4).

Com o auditório lotado, a programação em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo (2/4) proporcionou a troca de informações entre professores que estão na sala de aula, como também muniu de conhecimento os estudantes e os familiares que convivem com pessoas autistas.

“Esse foi o primeiro Incluir, mas é importante lembrar que desde a existência do Ifap as ações inclusivas fazem parte da nossa história”, frisou a coordenadora do Napne, Carmem Pereira. “A educação inclusiva é diariamente um desafio. Precisamos sempre nos reinventar e ser criativos, por isso que essa ação busca informar e dar visibilidade às pessoas com autismo, para que elas não sofram preconceito ou sejam excluídas pela sociedade”, concluiu.

A primeira palestra “TEA/Autismo e Inclusão: o que os professores precisam saber”, ministrada pela psicóloga Nelcirema Ferreira, abordou a classificação do autismo, os conceitos do TEA, os principais comportamentos e as principais alterações sensoriais da pessoa autista e também citou as principais legislações referentes ao tema. “Antigamente, o autismo era tido como sintoma de um transtorno mental. Mas hoje já sabemos que isso é um engano. O autismo não é doença, é uma das condições da neurodiversidade humana”, informou Ferreira. “A palavra neurodiversidade significa que cada cérebro funcionada de uma forma diferente e, no autista, o cérebro apenas funciona de uma maneira diversa daquela das pessoas sem TEA”, disse.

“Atividades estruturadas: a prática de uma didática inclusiva” foi a segunda palestra da manhã, ministrada pela pedagoga Cristina Dias e pela reitora do Ifap Marialva Almeida, que abordaram os principais passos para a inclusão escolar e práticas educacionais/metodológicas no processo educacional da pessoa autista. “Um dos maiores desafios para quem lida com o processo de ensino aprendizagem da pessoa autista é a questão da adaptação. Como o aluno autista vai conseguir desenvolver as habilidades e competências necessárias? É através do planejamento que pensaremos a melhor maneira que cada componente curricular e cada conhecimento vai ser transmitido e ensinado ao aluno autista”, destacou Marialva Almeida.

Rita Gemaque, mãe do acadêmico do curso Tecnologia em Alimentos Edmundo Gemaque – que é um dos sete estudantes com autismo do campus Macapá –, falou do fundamental apoio familiar na construção da educação inclusiva e da importância do Napne como ponte entre o aluno e a família com o professor. “O Napne é o elo que liga nós, os pais, com os professores. O que percebo e descubro pelo Edmundo sobre alguma situação que ele está passando na sala de aula é repassado ao Napne, que prontamente tenta resolver as situações”. A mãe avalia o Ifap como a instituição mais preparada para educação inclusiva. “No estado do Amapá, posso ver que o Napne evoluiu e continua evoluindo no que diz respeito à educação inclusiva”, avaliou.

A programação contou com participação do violonista Mateus Mendes, que abriu o evento. Em seguida, a mesa de honra foi composta pela pró-reitora de extensão, Érika Bezerra, pela coordenadora do Napne, Carmem Pereira, e pelo diretor-geral do campus Macapá, Márcio Prado. “Muito mais que comemorar este dia, ele é o pretexto para propormos mudanças na nossa sociedade, educar para comportamentos mais inclusivos, mais humanos nas relações, mais compreensíveis diante das limitações e das necessidades de cada um”, disse Prado em seu discurso.

O evento foi concluído com o debate aberto entre as palestrantes e o público participante que responderam, entre outras perguntas, como ajudar o colega autista dentro de sala de aula, como ajudar a família a aceitar o autismo, como lidar com as dificuldades de aprendizagem dentro da sala de aula e como melhorar a grafia de pessoas autistas. Confira mais perguntas e respostas sobre a temática clicando aqui.

 

Por Jacyara Araújo, jornalista do campus Macapá
Seção de Gerenciamento da Comunicação Social do campus Macapá
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
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