Em ciclo de palestras, Segae realiza ações de valorização da vida

A ação reforça o engajamento do Campus Macapá na campanha Setembro Amarelo e possibilita orientações aos estudantes da instituição

^{Estudantes e servidores participam de ciclo de palestra promovido pela Segae do Campus Macapá - (Foto: Suely Leitão - Deice/Ifap)}

A Seção de Gerenciamento de Assistência Estudantil (Segae) do Campus Macapá do Instituto Federal do Amapá (Ifap) realizou um ciclo de palestras para conscientização e promoção da valorização à vida. A ação visa contribuir para a promoção do Setembro Amarelo, campanha nacional de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Nos dias 9 e 11 de setembro deste ano, no auditório do Campus, os estudantes dos cursos técnicos médios integrado e subsequente, bem como dos cursos superiores, participaram de palestras realizadas por profissionais especialistas na área de psicologia e psiquiatria. 

A psicóloga clínica Maria Acidalva Lins abordou para o público de ensino médio integrado no dia 9 de setembro o tema "Vamos conversar sobre depressão e suicídio?", destacando como é possível observar os comportamentos depressivos, bem como os cuidados necessários diante deles. Na palestra, a psicóloga explicou ainda quais procedimentos devem ser realizados e que encaminhamentos são feitos diante de possíveis casos de depressão. Os riscos da doença e as consequências também foram abordados na palestra, que reuniu cerca de 150 estudantes no auditório, acompanhados de docentes e técnicos da Segae.

^{Psicóloga Maria Acidalva Lins durante palestra no auditório do Campus Macapá - (Foto: Jefferson Souza - Secom/campus Macapá)}

Já no dia 11 de setembro, foi a vez dos estudantes dos cursos superiores e subsequentes, que também tiveram a oportunidade de esclarecimentos sobre o tema, visando a valorização da vida. Nesse dia, foi realizada palestra no turno da manhã e outra no turno da noite para atender ao público juvenil e adulto da instituição.

O psiquiatra Adriano Veríssimo realizou abordagem na perspectiva de prevenção do suicídio, orientando o público presente na busca de informações diante de indícios e possibilidades de tratamento e atendimento de casos. A partir de dados históricos de casos e o acompanhamento clínico realizado, o psiquiatra explicou a evolução, causas e danos do aumento de suicídios no país, especialmente entre os jovens, orientando o público quanto aos meios para ajuda e orientação, quando necessário.

^{Psiquiatra Adriano Veríssimo - (Fato: Suely Leitão - Deice/Ifap)}

Para o estudante do 5º semestre do curso de licenciatura em Química Doriel Miranda, a informação é um dos instrumentos necessários. "No âmbito da educação, a gente vê que muitas vezes o estudante acaba desmotivado ou se sente excluído. Ele corre o risco de se enquadrar em um dessas situações". O estudante ressaltou que, "por vezes, por mais que a gente pense que a pessoa está bem, não sabemos o que ela está passando". Para ele é importante ficar atendo aos sinais que demonstram a necessidade de atenção. "Às vezes, se demonstra pequenos sinais e estes sinais podem ajudar a agente a ajudar a pessoa", disse.

^{Estudante do 5º semestre do curso de licenciatura em Química Doriel Miranda durante palestra
para as turmas dos cursos superiores e subsequentes - (Foto: Jefferson Souza - Secom/campus Macapá)}

O professor Alexandre Sobral acompanhou sua turma em uma das palestras e destacou a importância dos docentes da instituição também no engajamento e prevenção junto aos estudantes. "Como a gente lida muito com os jovens no dia a dia, nós podemos servir de ajuda nesse momento de crise", ressalta o docente. Para ele, diante de situações como essa, "o certo é poder ajudar para que o pior não aconteça". De acordo com Alexandre Sobral, "essas palestras são importantes porque elas alertam para esse problema e ajudam para que os estudantes do Ifap e a comunidade em geral fiquem atentas à situação".

A psicóloga e supervisora da Seção de Gerenciamento de Assistência Estudantil (Segae) do campus Macapá, Elaine Fernandes, explica que a realização do ciclo de palestras tem o objetivo de apresentar esclarecimentos sobre o tema. "O caminho de conscientização é o diálogo, e o nosso propósito é levar o que podemos fazer para que não aconteça nas famílias tal situação", explica. "A gente leva esta conversa e não deixa de ser um alerta", ressalta a psicóloga.

De acordo com a supervisora da Segae, é importante ficar atento a alguns sinais que indicam o chamado sofrimento psíquico e que podem indicar depressão ou tendência suicida, tais como mudança de comportamento ou personalidade, queda brusca de rendimento escolar, isolamento, excesso de ansiedade, baixa autoestima, abuso de álcool ou uso de drogas, dentre outros.

Atendimento Segae

^{Parte da equipe técnica da Seção de Gerenciamento de Assistência Estudantil - (Foto: Jefferson Souza - Secom/campus Macapá)}

Como é previsto na Resolução nº 104/2017, do Conselho Superior do Instituto Fedral do Amapá, o Campus Macapá, através da Segae, realiza o atendimento individual e coletivo dos estudantes matriculados na instituição a partir de ações e projetos socioeducativos, como o ciclo de palestras da campanha Setembro Amarelo, com o objetivo de promoção da saúde dos estudantes e o fortalecimento dos vínculos entre o Ifap, a família e a comunidade.

De acordo com Elaine Fernandes, para realizar o atendimento a demandas da comunidade estudantil, a Segae é formada por uma equipe multiprofissional composta por dois médicos, uma psicóloga, dois assistentes sociais, duas enfermeiras e uma técnica em enfermagem, na área da saúde, além dos servidores do quadro administrativo. "Quando detectamos estudantes com essas características, com esses sinais, nós realizamos o acolhimento inicial", explica.

A Segae não realiza o atendimento clínico das demandas estudantis, mas promove a intermediação com instituições parceiras, para procedimentos de acompanhamento de casos, quando necessário. Uma dessas instituições é o Ambulatório de Atenção à Crise Suicida (Ambasc), grupo de apoio aos sobreviventes do suicídio, um espaço de acolhimento e cuidado especializado sob supervisão de psicólogos. Outro forma é através do contado com os Centros de Assistência Social (Cras) da rede pública, especialmente para estudantes de baixa renda. 

"Nós temos esses parceiros. Aqui dentro fazemos a acolhida, chamamos os pais, explicamos o que está acontecendo, o que vai acontecer e como é o tratamento e iniciamos o acompanhamento", explica a supervisora. De acordo com Elaine, os pais são orientados a observar o caso e sempre que notar alguma diferença, seja de melhora ou não, de comportamento, ir até a Seção de Gerenciamento para acompanhamento.

Outra iniciativa da Seção é a cooperação entre o Campus Macapá e a Faculdade Estácio - Seama, pela qual estudantes do último semestre de Psicologia realizam o atendimento dos estudantes. O atendimento com os acadêmicos são realizados após agendamento na Segae. O estudante interessado deve procurar a Seção em horário regular de funcionamento do setor para realizar o procedimento. Durante o primeiro semestre deste ano, a Segae realizou terapia em grupo e escuta psicológica direcionada aos estudantes do ensino médio integrado e servidores, respectivamente. 

Para saber mais sobre o Serviço Psicológico Educacional realizado pela Segae do Campus Macapá, basta acessar a Resolução nº 104/2017 - Consup/Ifap. Nela é possível conhecer as obrigações do atendimento realizado através do setor, sendo que as ações do Serviço Psicológico têm como objetivo a promoção da saúde mental, em caráter psicoeducativo, para os estudantes, conforme as atribuições do psicólogo escolar, não constituindo objetivo do serviço a atuação clínica, ou seja, o diagnóstico, o tratamento e/ou cura de transtornos psicológicos e comportamentais.

Precisa de ajuda?

Confira a seguir locais de atendimento Psicológico gratuito:

 - Caps III Gentileza: atendimento a partir de 18 anos, especializado em transtornos  graves e persistentes. Local: Avenida Mãe Luzia, entre Jovino Dinoá e Odilardo Silva.

- Caps I Infanto-juvenil: Atendimento até 18 anos, especializado em atender crianças e adolescentes com transtornos graves, incluindo relacionados a uso de drogas. Local: Avenida Redenção, s/n, final da linha de ônibus do bairro das Pedrinhas.

- NAI: Atendimento para acadêmicos da Universidade Federal do Amapá (Unifap);

- Clínica de Psicologia FAMA: Atendimento em horário comercial ( 8h às 12h e 14h às 18h) realizado por acadêmicos da instituição. Local: Rodovia Duca Serra, Cabralzinho;

Seção de Gerenciamento da Comunicação Social do campus Macapá
Instituto Federal do Amapá (Ifap)
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