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SNCT: Professores levarão microscópio caseiro para escolas públicas

Publicado: Quinta, 18 de Outubro de 2018, 12h42 | Última atualização em Quinta, 18 de Outubro de 2018, 13h10

Foto: Suely Leitão

Professores de escolas da rede pública de Macapá que não têm laboratórios de ciências agora poderão contar com um equipamento que vai aprimorar as aulas de citologia (estudo das células) para alunos do ensino fundamental e médio. É o microscópio caseiro, tecnologia pesquisada por estudantes de cursos técnicos do campus Macapá do Instituto Federal do Amapá (Ifap). Dando início à etapa de extensão do projeto, quando o conhecimento é disseminado para fora da instituição, um minicurso foi ofertado nos dias 16 e 17 deste mês, dentro da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2018. Confira fotos do evento aqui

:: Leia também |- Projeto Microscópio Caseiro é premiado na Febrace | - Projeto de estudantes do campus Macapá constrói microscópio com menos de R$ 25 | - Estudantes do campus Macapá são premiados em feira de ciências e engenharia

Aprendemos a fazer o microscópio reutilizando materiais como capas de cd e vamos levar para usar na nossa escola, para poder mostrar aos nossos alunos um tecido no microscópio”, afirmou a professora Karen Verona Dias, da Escola Estadual Antônio João. “Os alunos também poderão aprender como funciona um microscópio, o que é uma lente, qual a fonte luminosa, enfim, porque é um equipamento fundamental na ciência”, completou o professor Hewton Batista, da mesma escola. Os dois contam que, com a inexistência de laboratório, buscam formas alternativas de ensino de ciências, como maquetes de papel e outros materiais.

Também em dupla vieram da Escola Estadual Deosolina Salles Farias as professoras Ediléa Morais e Isabel Picanço, que construíram os microscópios e começaram ali mesmo no minicurso a planejar as próximas aulas. “Foi muito proveitoso porque poderemos dar aulas práticas sobre as células vegetais, que hoje apenas mostramos nos livros”, disse Ediléa, enquanto cortava folhas finas de couve para produzir as chamadas lâminas microscópicas.

Idealizador e coordenador da pesquisa, o professor de Biologia Joádson Rodrigues explicou que o minicurso “Aplicabilidade do microscópio caseiro em escola com ausência de laboratório de ciências: uma proposta para o ensino de citologia na educação básica”, com oito horas de duração, teve todas as 15 vagas preenchidas após o contato direto com as escolas públicas. “O critério de participação era que fosse professor de Ciências ou Biologia em escola que não possui laboratório de ciências, ou seja, que não tem o microscópio óptico. Além disso priorizamos nesse primeiro momento as escolas mais próximas do campus”, informou o professor, ressaltando que há a possibilidade de abertura de novas turmas.

Baixo custo

Enquanto um microscópio convencional tem preços a partir de R$ 2.000 nos modelos mais simples, os equipamentos caseiros desenvolvidos pelos estudantes do Ifap custam entre R$ 24 e R$ 18. Isso é possível graças ao uso de sucatas ou materiais baratos, como capas de CDs e lanternas. As lentes de ampliação são retiradas de aparelhos de CD ou DVD. E, para visualização e registro das lâminas analisadas, os protótipos precisam apenas que o usuário disponha de um celular com câmera. Além do preço acessível, o microscópio montado pela equipe é de fácil replicação, portátil e funciona sem energia elétrica.

Vencedor da 5ª Feira de Ciências e Engenharia do Estado do Amapá (Feceap) na categoria Ciências Biológicas Ensino Médio, em 2017, o projeto do microscópio caseiro ganhou destaque na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada neste ano na Universidade de São Paulo (USP),na capital paulista.

Os estudantes Carlos Eduardo Pereira da Silva e Thais Lacerda de Morais, ambos do curso técnico de nível médio em Edificações, são bolsistas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e já participam do projeto desde o início. Agora, na etapa de extensão, foram agregados mais dois participantes: o aluno Aluan Aloncio Amador, do curso técnico de nível médio em Alimentos, e o técnico do laboratório de Ciências do campus Macapá Diogo Vítor Trindade.

Por Suely Leitão, jornalista da Reitoria

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